Sempre
Sempre;
quando me ausento
do
ser
que em mim habito,
percorro-me triste e só
num outono amarelecido
que a seu tempo reabilito
e me traz, a frescura de um Dó
de sol adormecido
numa música perpétua
que
teimosamente
quero
servir. .
-Quero
ouvi-Ia em meu ser
repleto de agonias.
Lírio roxo desfolhado
por pecados cometidos
alheios ao meu querer.
Presa ao que não sou
mas presa!...
Os pecados não soo meus
-
Amo
a vida !
Canto-a não
só
para mim
que Deus me ensinou a amar
e o meu viver é de Deus.
Sofrer
poéticamente...
este morrer dando vida
à vaidade indecifrável
mas indelével.
Que a presença de Deus
dá fartura ao coração
e a nota nunca falta
a esta composição.
Pacífico
o mar maior
que se esplana em movimento
para tirar ao sofrimento,
na distracção do caminho,
tempo para descansar
em outro mar, de mansinho...
Comigo
vai o amor
de um coração mal tratado
peregrinando à deriva
pancadinhas de terror.
Bem amado, mal amado,
meu pobrezinho cantor.
Li
em todas as histórias
que a minha é a
maior.
Ó Pátria, minhas glórias
estandartes de vitorias,
ofereço-as à tua aurora.
Ó
vós, feitores da nação,
militares e civis
pensai com o coração
e a cabeça do País.
Cantai
o hino nacional
que a todos dá compustura,
repouso tradicional
tectos e lares, com fartura.
A
honradez de Camões
já nos basta por castigo;
quanto mais as ilusões
do solerte ao positivo
que se esquiva a confissões.
-
à nação não se rouba
nem um grãozinho de trigo.
Brasil, 15/01/2001
Marília
do Céu
"em
qualquer tempo, em qualquer data"