E diz-me...
E
diz-me porque o sonho é a vida
Na procura da longínqua evasão
Gritos de seiva na esperança perdida
Com a força do pensamento sem razão
E
se nos sonhos eu componho
A origem da minha certa existência
Tudo eu sinto perdido e medonho
Aliado a sentimentos sem essência
E
diz-me porque o amor é primavera
Dos gritos de desespero dos sem voz
Lágrimas soltas e perdidas na esfera
Do pecado sem dono e de forma atroz
Tudo
era suposto ser um paraíso
Eles, professores da vida sem recado
De leis justas, supostas e sem prejuízo
Para um mmundo sem dôr nem pecado…
E
diz-me porque a mentira é a razão
Dos sábios e homens sem ideais
Pensamentos e poderes de imensidão
Numa vida perdida em interesses vitais
E
diz-me porque devo acreditar
Se a cnfusão é completa…
E diz-me porque devo aceitar
Um mundo que não desperta…
Adelino Sá